Sinopse - Megan Maxwell
Peça-me paciência!
Há livros que a gente simplesmente adora ler e outros que a gente arrasta e leva nas costas até terminar só pra não deixar nada pela metade. "Peça-me O Que Quiser" foi desse jeito para mim.Geralmente nas histórias há aquele personagem mais carismático ao qual a gente se apega, mas nem isso teve. As personalidades não prendem de qualquer jeito; irritam, na verdade. A autora não explorou esse lado e o pouco que a gente tem é, honestamente, péssimo.
A irmã da Judith é, não há outro modo de descrever, uma chorona egoísta, que passa o livro todinho enchendo o saco com ligações e reclamações se a Judith não atende ao telefone pra que ela possa desabafar todo o seu “sofrimento” com relação ao marido.
A própria Judith, quando o primeiro capítulo foi disponibilizado pela editora e eu o li, me passou uma premissa até mais segura, engraçada, ou era apenas minha esperança de não me deparar com outra Anastasia Steele. Tal foi o meu engano (e horror/tédio/raiva) quando o que eu vi no decorrer da leitura foi que as únicas diferenças entre as duas é que a Judith, de algum modo, consegue ser mais infantil e não é mais virgem.
Pois é. A a mocinha não é virgem (coro de Aleluia, irmãos!).
E aí, claro, ela tem que ser apresentada pelo mocinho (tão perfeito que é quase intocável) a um tipo de coisa que nunca, nunca, nunca em seus 25 anos viu antes. E ela vai ficar tão, mas tão assustadoramente atraída por isso que simplesmente não consegue dizer não ao cara. Até aí, só originalidades.
E isso de não conseguir dizer não? Literalmente. O fato da cidadã não conseguir JAMAIS, oh céus, Deus a livre, pensar racionalmente e sempre tentar convencer o leitor do quanto o #DeusGregoAlgoJamaisVistoEmTodaaFaceDaTerra é irresistível e ela precisa se entregar a ele NÃO é adorável – é irritante.
Não me leve a mal, não quero dizer que não pode ser legal um homem e uma mulher se apaixonarem e viverem felizes nas suas festinhas do sexo e tudo mais, mas que tal passar essa história de um modo mais bem feito e menos frívolo?
Na medida em que fui lendo, não conseguia acreditar que as atitudes da Judith ficavam cada vez mais ridículas ao ponto de serem inacreditáveis! As coisas que ela faz para provocar Eric Zimmerman? Já vi protagonistas de 16 anos mais maduras do que ela (shame on you, colega).
Às vezes eu tinha simplesmente que parar a leitura e esperar minha frustração com ela passar.(momento
Fábio Porchat: “Judite, não fode comigo, Judite!”)
Após concluir a leitura, constato que meu personagem preferido – com uma vantagem bem folgada - foi o gato Trampo.
O enredo não poderia ser mais pobre. Informações repetitivas e conteúdo zero. Declarações tão fora de hora e sem noção, e até algumas cenas de sexo são tão rápidas que só reflete a negligência da autora na hora de escrever. Peça-me O Que Quiser é um livro mal escrito e mal formulado, e nem o lado “engraçado” da Judith que Megan Maxwell quis passar foi convincente.
Confesso que foi teimosia minha mesmo fazer essa leitura, uma curiosidade mórbida pra entender o que as pessoas acham de tão avassalador em uma personagem que não tem amor próprio. Eu acho que o livro tem que ir além das cenas de sexo, precisa ter todo um bom contexto ao redor e tem que ser bem feito. Se não tem paciência pra isso, não tenta fazer um romance, cara, faz uma coletânea de contos eróticos.
Porém para não disser que vim aqui apenas falar mal, tenho um elogio a fazer sim, a escolha da autora a musica do casal. Já faz um tempo que eu li esse livro e queria fazer a resenha pro blog, e acabei me apaixonando pela musica da Malú, que eu já conhecia, mas foi uma ótima escola e nas partes agradáveis do livro - olhem que eram poucas - combinou MUITO.
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