Este texto foi escrito
em novembro do ano passado, mas resolvi publicá-lo somente agora.
Ontem (17/11/13) foi a ultima fase da
gincana ‘Meu Amigo José Lins do Rego’ do evento Fliporto (Festa Literária
Internacional de Pernambuco) que aconteceu no estande ‘Nova Geração’.
Meu grupo ficou em terceiro lugar de
maneira justa, pois confesso que não nos dedicamos (no caso, decoramos) às
obras e biografia do José Lins tanto quanto os demais grupos. Mas quem se
importa com a colocação, quando posto, frente a isto, o acesso ao conhecimento
do apelido carinhoso cujo José Lins chamava seu avô? Pois sim, questões deste
nível fizeram parte das perguntas na disputa presencial. José Lins estaria
orgulhoso de como suas obras foram abordadas, se ainda fosse vivo. Porque ,
certamente, a riqueza do livro Doidinho -se não me engano- está em saber quanto
o avô do protagonista faturou vendendo cana de açúcar.
Entre os fatores que compuseram a
carência de organização dessa gincana, estava a diferença gritante entre as
idades médias dos grupos, as questões mal elaboradas (chegando até a conter
informações erradas sobre as obras) e a discriminação. Discriminação? Sim!
Comigo. Com o meu colégio que fora o único colégio particular a participar do
evento, e o único a não receber as informações completas a respeito dele.
Por fim uma multidão de fãs da ‘Mel’,
tomaram conta da gincana interrompendo-a com seus gritinhos histéricos ao ver a
tal fulana. Parece que mais uma vez o objetivo de difundir o conhecimento entre
os jovens foi deturpado por motivo de gestão. Ou será que isso não passa de uma
maquiagem para cobrir as imperfeições da insuficiente dose cultural a qual nós
jovens recebemos?
“A ação faz parte do projeto de
transformar Olinda em uma cidade de leitores. Esse é um compromisso da
Fliporto”, declara Antônio Nunes, Coordenador da Fliporto Nova Geração.
-Texto por Isabella Galvão
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