29 de jul. de 2014

Comida com nome. Por quê?


Uma das minhas maiores aflições é pegar um cardápio e não entender nada do que tem escrito nele. O mal dos restaurantes é querer florear demais a comida dando até nome à ela.

Certa vez fui à uma creperia já com o estômago colando nas costas, até aí tudo bem. Então, eis que olho o cardápio e me deparo com um crepe chamado Cordilheira dos Andes (este será seu pseudônimo, ok?), daí  -mesmo com fome- eu fico filosofando: por que será que escolheram esse nome para esse sabor? Será que é porque o crepe é muito grande? Ou porque tem ingredientes típicos de lá - tipo neve e areia-?

Daí eu leio a legenda –minúscula- de Cordilheira dos Andes e vejo que é um simples crepe 4 queijos. Contrariada, eu volto a correr os olhos pelo cardápio e vejo que TODOS os crepes têm um nome próprio. Agora imagine a angústia de uma pessoa faminta ao precisar forçar sua vista –turva- para ler aquelas traduções miúdas embaixo de todos os Cordilheiras dos Andes existentes no cardápio. Tipo assim:

Cordilheira dos Andes
(queijo 1, queijo 2, queijo 3 e queijo 4)


Isso nunca tinha me afetado até aquele momento. Na verdade eu até achava que dava um “quê” mais artístico para os pratos. Mas é que a fome torna as pessoas mais críticas. E menos tolerantes.
 

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