20 de ago. de 2014

Resenha: A mulher só


Esse livro narra a estória da personagem fictícia JereLee, uma mulher extraordinária que dá o seu jeito para alcançar o sonho de se tornar escritora mesmo que pra isso ela tenha que passar por cima de valores morais bastante prezados em sua época e atualmente. Pois é, JereLee é uma  mulher à frente do tempo até para os dias de hoje.
Sinopse - A Mulher Só - Harold Robbins
Harold Robbins, um dos mais famosos escritores de best-sellers dos Estados Unidos, faz, neste seu perturbante romance, uma forte crítica a uma sociedade que dá a maior importância a valores como a aparência, a fama e o dinheiro. JereLee Randall, a figura central desta história, tem o grande sonho de vir a ser uma escritora famosa. Está, no entanto, convencida que para consegui-lo terá de deixar o marido e a sua família. Decidida a lutar para alcançar os seus objetivos dá início a uma vida repartida por entre o jet-set de Hollywood e de Nova Iorque. Porém, nesta sua nova vida o sexo, as bebidas e as drogas estão sempre presentes e fazem-na sentir-se cada vez mais sozinha.
A estória começa com a protagonista ainda menina, eu não lembro muito bem do que foi escrito sobre sua infância, mas se não me engano fora apenas algo sobre a morte do pai. Depois narra a sua adolescência, dessa vez com mais detalhes, até porque esta é uma fase de transição a qual proporciona várias descobertas e decisões. Pelo que deu para perceber, JereLee sempre fora independente e esperta. Aos 14 -se não me engano-  fazia bicos nas férias para conseguir algum dinheiro, e sua inteligência já despertava interesse/incômodo em algumas pessoas. Para JereLee a principal descoberta na adolescência fora em função de sua sexualidade, o livro relata situações em que ela se encontra num conflito interno entre fazer o que quer vs os paradigmas do padrão feminino. Sempre sincera consigo mesma, e com os outros ela aprende -da pior forma- que essa virtude pode lhe causar problemas.

Mais tarde, casa-se aos 17 anos com um homem bem mais velho (produtor ou roteirista de peças de teatro, não me recordo) e vive luxuosamente como atriz trabalhando junto ao seu marido, até que decide seguir seus passos como escritora. Ela divorcia-se e desde então, não consegue se apegar a ninguém, sendo os diversos relacionamentos amorosos apenas superficiais à lá bonequinha de luxo, só que realista. Sem dinheiro e já desesperançada, aos vinte e poucos anos, JereLee cai nos vícios, na prostituição. Até que aparece uma pessoa para ajudá-la a tirar o pé da lama. Em alguns momentos de sua estória ela se submete à situações constrangedoras para tentar ter seu livro publicado, como ser assediada moral e fisicamente.

O livro traz temas bastante polêmicos a respeito da mulher, como a dificuldade para desvincular da posição de mera acompanhante, liberdade de expressão, aborto e principalmente a sexualidade. Talvez por serem temas abordados de forma tão explícita e realista que o livro tenha me incomodado tanto quando o lí. Eu ainda não tinha maturidade suficiente para compreender certas decisões tomadas pela protagonista,  me desagradava muito não encontrar semelhanças entre mim e a personagem com suas atitudes ousadas, eu que sempre fui conservadora a respeito dos temas abordados. Hoje enxergo um pouco de JereLee em mim, não pelas decisões que ela tenha tomado (ainda desaprovo a maioria) mas pela atitude. Ela é o que entendo por feminismo. Então eu super recomendo essa leitura, e gostaria de saber da opinião alguém que já leu o livro. E sintam-se à vontade para perguntar/sugerir livros, aliás adoramos isso (:





14 de ago. de 2014

Cítara Mini Harpa


Pense em um instrumento, pratico, fácil de tocar e harmonioso com tudo! Prazer lhe apresento a Cítara. Instrumento de cordas, usado sobretudo na música folclórica, mais comumente em países de língua alemã nos Alpes e na Europa do Leste.
O instrumento consiste numa série de cordas esticadas dentro ou sobre uma caixa de ressonância. Existem versões que só têm cordas livres, e versões em que algumas cordas estão esticadas sobre uma manga com trastos. Como vários outros instrumentos de corda, existe em versões acústicas e eléctricas. Desconfia-se que o nome cítara deriva de um instrumento da Grécia antiga chamada Kithara.
Eu ganhei a Cítara da minha professora de reforço a muito tempo atrás mais não dei muita atenção a ele, mais nessas férias eu descobri o quanto toca-lo é legal. E depois que "redescobri" o instrumento guardado nas caixas de mudança todo mundo aqui em casa voltou a ser criança. Depois de uma pesquisa básica descobri que:
  1. possui 5 cordas sobre um braço com 29 trastos e de 26 a 37 cordas livres, alcançando até cinco oitavas e meia.
  2. Usualmente, as 5 cordas com trastes são usadas para a melodia e as livres, para a harmonia.

O instrumento possui varias variações porem, vai uma dica pros pais que querem iniciar seus filhos na musica, ele vem com algumas partituras indicando onde se deve tocar é bem legal, além de fácil. Se quiserem mais dicas sobre o instrumento duvidas de como tocar, afinar, onde comprar, deixem aqui nos comentários que eu terei um prazer em fazer mais posts sobre esse instrumento lindo. *u*
PS: Obrigada Elbania, por ter me dado esse instrumento lindo, que eu não sabia que poderia tocar tão bem *o* (Aplausos)
PSS: Gente eu sei que tenho deixado de postar e que prometi me organizar, me desculpa de verdade. Eu não esperava que a correria da faculdade fosse tamanha. É compreensível, mais não justificável. Porque eu sei que tem gente que entra e me pergunta se eu abandonei, e a responta é não! Nunca! Sendo que eu chegava em casa no piloto automático direto pra cama até as coisas da facul estão atrasadas, ainda estou voltando ao ritmo normal, obrigada pela compreensão e volte sempre.

1 de ago. de 2014

Para assistir: Bela e a Fera | Crítica

No ano de 1810, um naufrágio leva à falência um comerciante (André Dussollier), pai de três filhos e três filhas. A família se muda para o campo e Bela (Léa Seydoux), a filha mais jovem, parece ser a única a se entusiasmar com a vida rural. Quando o pai de Bela arranca uma rosa do jardim de um palácio encantado, ele é condenado à morte pelo dono do castelo, um monstro (Vincent Cassel). Para salvar a vida do pai, Bela vai jantar com o mostro diariamente. Lá, encontra uma vida cheia de luxo, magia e tristeza e aos poucos descobre o passado da Fera. O monstro se sente cada vez mais atraído pela jovem moça, que usará de toda a sua coragem para destruir a maldição que atormenta seu estranho admirador.
Olá, seu Zé e Dona Maria. Essa semana eu assisti um filme incrível, uma versão um pouco mais enfática do clássicoBeauty and the Beast. O filme além da simplicidade me encantou também pelos efeitos, e sem duvida pelos atores incríveis, Gans escreveu o roteiro da produção francesa, que tem produção da Eskwad com a Pathé. Eu separei pra vocês alguns pontos interessantes do porque assistir esse filme.
Eu quase não pude acreditar quando soube quem fariam os nossos queridos protagonistas, Vicent Cassel (Esse nome te lembra alguém?). Caso não, saiba que ele participou de filmes como Cisne Negro, O Monge e Rio, eu te amo. Além de talentoso o francês, é considerado quase um brasileiro. Vez ou outra ele se encontra aqui na terrinha, principalmente no Rio de Janeiro ou na Bahia. Além de ser um ator lindo, com uma beleza natura da terrinha da Cidade Luz, ele veio nesse filme esbanjando talento. Apesar das poucas falas, fica muito nítido toda a preparação que o ator teve em representar um personagem... digamos, esteticamente desfavorecido. -Deixando claro que nessa versão, é bem possível que você se apaixone pela Fera, antes mesmo da quebra da maldição.

Agora sim, quem todos esperávamos! A Bela, quado se fala na Disney, a primeira coisa que as pessoas pensam são: As princesas, e de quebra a Bela -Obvio!- Eu não pude pensar em melhor escolha para a personagem, sei que sou suspeita pra falar a ocês, já que a escolhida foi (rufem os tambores!!!) Léa Seydoux, se você acompanha o blog sabe de que eu estou falando, se não, deveria saber mesmo assim. Sim, armaria. Ela é atriz, de Azul é a cor mais quente. A modelo francesa, tem participação em outros filmes como, Bastardos Inglórios, Robin Hood, Meia-Noite Em Paris. Eu preciso te convencer, em mais alguma coisa? Ela vai trazer uma atuação de um Bela, inteligente, sagaz, com um espirito entrelhado a diversão, não pense que ela vai ser sempre uma princesa de bom coração porque não é bem assim, se precisar ela irá ferir seus sentimentos num piscar de olhos e ser encantadora em outros. Com um sorriso matreiro, ela pode por ordem na casa dos seus irmãos rebeldes, tirar sarros de suas irmas que vivem em busca de um casamento, e descobrir os segredos mais profundos da Fera.
Pois bem, o filme é extremamente rico em efeitos especiais, e ultimamente tenho descoberto minha paixão por filmes franceses. Pela junção de coisas que tanto prezo em um filme, humor, singelidade, e o equilibrio entre as mimimises femininas e a ação, dada pelos sexistas como 'coisas de meninos'. Espero que você me entenda. Essa é a dica de hoje meus amores espero que tenham gostado e se assistir me diga o que acharam. Bonne nuit. Fais de beaux rêves.

29 de jul. de 2014

Comida com nome. Por quê?


Uma das minhas maiores aflições é pegar um cardápio e não entender nada do que tem escrito nele. O mal dos restaurantes é querer florear demais a comida dando até nome à ela.

Certa vez fui à uma creperia já com o estômago colando nas costas, até aí tudo bem. Então, eis que olho o cardápio e me deparo com um crepe chamado Cordilheira dos Andes (este será seu pseudônimo, ok?), daí  -mesmo com fome- eu fico filosofando: por que será que escolheram esse nome para esse sabor? Será que é porque o crepe é muito grande? Ou porque tem ingredientes típicos de lá - tipo neve e areia-?

Daí eu leio a legenda –minúscula- de Cordilheira dos Andes e vejo que é um simples crepe 4 queijos. Contrariada, eu volto a correr os olhos pelo cardápio e vejo que TODOS os crepes têm um nome próprio. Agora imagine a angústia de uma pessoa faminta ao precisar forçar sua vista –turva- para ler aquelas traduções miúdas embaixo de todos os Cordilheiras dos Andes existentes no cardápio. Tipo assim:

Cordilheira dos Andes
(queijo 1, queijo 2, queijo 3 e queijo 4)


Isso nunca tinha me afetado até aquele momento. Na verdade eu até achava que dava um “quê” mais artístico para os pratos. Mas é que a fome torna as pessoas mais críticas. E menos tolerantes.
 

Wishlist Literária: Para o segundo semestre

Nesse segundo semestre corrido é pouco para defini-lo, mas como sempre fazemos planos e metas. Pretendo ler um livro por mês no caminho da faculdade, mas só Deus sabe se irei conseguir. : p
Quem é voce Alaska - "Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras - e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o 'Grande Talvez'. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez."
Esse livro já estava na minha lista a um tempão, depois de ler ACEDE e o Teorema de K, decidi por dar uma pausa no tio João Verde, ou seja, se eu adquirir esse livro mesmo que recente eu vou dar uma pausa pra me recuperar e respirar outros ares.

Azul é a cor mais quenteO livro conta a história de Clementine, uma jovem de 15 anos que descobre o amor ao conhecer Emma, uma garota de cabelos azuis. Através de textos do diário de Clementine, o leitor acompanha o primeiro encontro das duas e caminha entre as descobertas, tristezas e maravilhas que essa relação pode trazer. A novela gráfica foi lançada na França em 2010, já tem diversas versões, incluindo para o inglês, espanhol, alemão, italiano e holandês, e ganhou, em 2011, o Prêmio de Público do Festival Internacional de Angoulême. Em tempos de luta por direitos e de novas questões políticas, AZUL é a COR MAIS QUENTE surge para mostrar o lado poético e universal do amor, sem apontar regras ou gêneros.
Eu vi o filme, e fiquei curiosa por dois motivos, um por descobrir que o livro é originado de um "book"e dois mais especificamente um HQ - Eu já falei aqui, que não tenho boas experiências com HQ, porém, contudo, todavia, o filme me conquistou de um jeito que eu fiquei completamente apaixonada pela historia, pela simplicidade, pelos atores, enfim por tudo! Adquirindo o HQ eu conto pra vocês o que eu achei dos dois e comparo.


Eleanor e  Park - Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os 
personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.
Bem vamos lá, um livro que tem repercutido bastante por ai, sem duvidas o E. and P., uns amam outros odeiam, alguns acha o livro contradizente, já por minha vez acho que devemos tirar nossas próprias conclusões. Louca para ler!












Passarinho - "O avô de Joia parou de falar no dia em que matou o irmão dela. O menino se chamava John, e achava que podia voar. Subia e saltava do alto de qualquer coisa, e por isso ganhou do avô o apelido de Passarinho. Joia não teve a chance de conhecê-lo, pois Passarinho se jogou do penhasco bem no dia em que ela nasceu. Ainda assim, por muito tempo ela viveu à sombra de suas asas. Agora, aos doze anos, Joia mora em uma casa tomada por silêncio e segredos. Os pais da menina culpam o avô pela tragédia do passado, atribuem a ele a má sorte da família. Joia tem certeza de que nunca será tão amada quanto o irmão, até que ela conhece um garoto misterioso no alto de uma árvore. Um garoto que também se chama John. O avô está convencido de que esse novo amigo é um “duppy” — um espírito maldoso —, mas Joia sabe que isso não é verdade. E talvez em John esteja a chave para quebrar a maldição que recaiu sobre sua família desde que Passarinho morreu."
Quando eu li a premissa deste livro, com certeza me lembrei de um que eu li a muito tempo, chamado "A menina Ícaro"; Mas que isso eu não posso dizer, mas que já leu o livro citado pode ter uma ideia do que pode ser.

23 de jul. de 2014

Eventos imperdíveis da semana

Pra você que tá de bobeira, aproveitando as férias com o melhor que a mazela e o tédio podem oferecer, listei três eventos que estão acontecendo em PE/PB. Então levanta essa bunda da cadeira, e para de reclamar que não tem nada pra fazer.
A divulgação dos eventos ainda é precária -pelo menos na região metropolitana- por isso eu -Bella- e Lu estamos planejando divulgar eventos maneiros aqui no blog para a alegria da rapaziada. Então se você viu esse post, lembre-se de divulgar para os seus coleguinhas, ou apenas comente com eles sobre os eventos. Não há meio de divulgação mais eficiente que a boca do povo, então vamos lá:

Robocup
"Competição a nível mundial que se desenrola todos os anos. Visa o estudo e desenvolvimento da Inteligência Artificial, fornecendo desafios e problemas onde várias tecnologias e metodologias se podem combinar para obter os melhores resultados."
Esse ano o evento está acontecendo no centro de convenções de João Pessoa-PB, começou no dia 19 e vai até o dia 25. Estive lá no dia 20, mas esse foi o dia do aquecimento, ou seja, não teve competições e ainda estavam ajustando algumas coisas. Mass teve futebol de robôs de pequeno porte que foi a coisa mais fofinha que eu já vi, e rolou até expulsão de jogadores, haha. Se não me engano, essa é a primeira vez que o evento acontece no Brasil, e vai demorar bastante tempo para que aconteça novamente, então aproveitem!



Exposição: Sala do Futuro
"Pela primeira vez em Pernambuco, a mostra, que já visitou quatro cidades do Nordeste, acontece exclusivamente na Praça de Eventos do Shopping Guararapes, entre 21 e 25 de Julho, e dará oportunidade a jovens e adultos conhecerem de perto as novidades no setor industrial.  A exposição estará aberta diariamente das 12h às 20h."
Tem simuladores de solda, escavadeira, empilhadeira, colheitadeira, além de uma sala 3D onde é explicado o processo de extração do petróleo. É ótimo para quem ainda tá em dúvida sobre qual carreira seguir, e também é ótimo para os amantes da tecnologia. Não é só porque eu já estudei/estudo no SENAI que eu to dizendo isso, é porque o negócio é bom mesmo. Infelizmente eu não vou poder ir-todos choram- mas fica a dica pra você que tá com tempo livre.


Campus Party
Dispensa apresentações, né? Apenas um comunicado útil:
"Com ingressos esgotados, a 3° edição da Campus Party Recife começa nesta quarta-feira, 23, no Centro de Convenções da cidade. Agora, quem quiser participar do evento deve se registrar para a área gratuita, a Open Campus, que receberá 50 Startup&Makers com desafios temáticos.O formulário para a Open Campus está disponível no site oficial da Campus Party Recife 2014."

Raiz de cabelo, raiz de negro


Essa semana eu postei uma foto nas redes sociais, mostrando o crescimento do meu cabelo, Diante disso algumas pessoas me questionaram porque eu não alisava de vez os meus cachos. O fato é o seguinte, eu gosto do meus cachos! o que eu acho engraçado é que as pessoas não se tocam do quanto isso é deselegante, até porque eu não chego perguntando, porque em pleno seculo XXI existe pessoas que se auto-escraviza da chapinha, do secador, babyliss e difusor.
 Não me levem a mal, não estou sendo preconceituosa com quem vive em busca da beleza autoimposta. Acho que se você se sente bem, escondendo suas raízes, sua cultura e natureza, para o que lhe foi dito que é bonito, a melhora e a aceitação dependem absolutamente de você, meu caro. Porém o que incomoda é, porque você escravo da beleza, está questionando que optou pela liberdade? Eu cresci, na obrigação de prender meu cabelo toda vez que secava porque se tornava volumoso, e pra não incomodar fulano ou sicrano. Você cresce mais um pouco e sofre pressão de todos os lados pela busca infinita do cabelo que corresponde a gravidade. Mas... deixa eu te contar uma coisa, nunca fui fã da gravidade!
Engraçado como algumas pessoas acham que essa questão de cabelo, é puramente estética, mas não é! É uma questão social muito séria, quer um exemplo?! Quando um menino, até mesmo de 'cabelo bom' vai ou cabeleireiro, a primeira coisa que dizem após o corte é, "Agora você parece um homem!". Ora pois, ele não era homem por causa do cabelo? Se sim, porque? Porque ele com cabelo grande se for um black principalmente é marginal ou travesti? Então não me venha com argumentos falhos e se aceite, caso ainda não esteja pronto pra isso, permita que quem se encontra pronto se liberte. Não seja a amiga que quer escovar ou alisar por qualquer meio os cachos de alguém para se enquadrar nos padrões ou até mesmo para que combine com o grupo. Não seja o empregador, que cobra dos funcionários a magoa de suas raízes. E por fim, não seja o pai, que vai suprimir a identidade do seu filho com medo de que ele seja marginalizado, porque você o está marginalizando primeiro, ensine-o a se aceitar a se amar. Que não vai ter na terra alguém que vá faze-lo crer que é menos bonito ou importante por não está padronizado.





Realizado na Bahia, o vídeo traz várias vozes relatando como é difícil manter os cabelos naturais, sem alisar, em dreads, em tranças, em variados formatos e enfrentar os estranhamentos, a discriminação, a quebra do padrão estético. O material revela a construção de imagem de vários jovens da Bahia em luta pelo direito à identidade, a uma estética livre e que respeita sua forma de ser sem intervenções do hegemônico.

Veja também:

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